segunda-feira, 25 de maio de 2020

HISTÓRIA

AS ATIVIDADES PODEM SER COPIADAS OU IMPRESSAS E COLADAS NO CADERNO,



Agora leia o trecho do livro História do Brasil, de Boris Fausto:

 (...) Nas últimas décadas do século XVIII, a sociedade mineira entrará em uma fase de declínio, marcada pela queda contínua da produção de ouro e pelas medidas da Coroa no sentido de garantir a arrecadação do quinto. Se examinarmos um pouco a história pessoal dos inconfidentes, veremos que tinham também razões específicas de descontentamento. Em sua grande maioria, eles constituíam um grupo da elite colonial, formado por mineradores, fazendeiros, padres envolvidos em negócios, funcionários, advogados de prestígio e uma alta patente militar, o comandante dos Dragões, Francisco de Paula Freire de Andrade. Todos eles tinham vínculos com as autoridades coloniais na capitania e, em alguns casos (...) ocupavam cargos na magistratura. José Joaquim da Silva Xavier constituía, em parte, uma exceção. Desfavorecido pela morte prematura dos pais, que deixaram sete filhos, perderá suas propriedades por dívidas e tentara sem êxito o comércio. Em 1775, entrou na carreira militar, no posto de alferes, no grau inicial do quadro de oficiais. Nas horas vagas, exercia o ofício de dentista, de onde veio o apelido de algo depreciativo de Tiradentes. 
FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 2001. p. 115. 
Glossário: 
Quinto: Imposto cobrado pela Coroa portuguesa durante o período colonial, recebeu este nome pois correspondia à quinta parte do ouro extraído, ou seja, 20%. Dragões: Tropas militares de grandes prestígios durante o período colonial que cuidavam tanto da defesa interna quanto externa do território. Magistratura: Cargo do magistrado, aquele que exerce uma função política no governo, detendo autoridade.  Alferes: Oficial de baixa patente nas forças militares no Brasil.

1- De acordo com trecho do texto do historiador Boris Fausto e das informações da capa do jornal responda as questões a seguir: 
a) Como era a situação da sociedade mineira no fim do século XVIII?
  b) Quais os motivos teriam motivado o grupo descrito por Boris Fausto a se revoltar contra a Coroa? Quais seriam suas “razões específicas de descontentamento”? 
c) Como Tiradentes se diferenciava dos demais inconfidentes? 
Disponível em: https://nova-escolaproducao.s3.amazonaws.com/BdYBaq7NYjHuJrvdPxyaUGcPd5Nap6NdmbyDQRf6DJ8gpQGMGjCB97GsbCvr/trecho-do-livro-historia-dobrasil-de-boris-fausto.pdf Acesso em: 23 de abr. de 2020. (Adaptado) 
Você já ouviu falar em conjuração Baiana? 
A conjuração Baiana (1798) é também conhecida como Revolta dos Búzios, tipo de concha utilizada em religiões de matrizes africanas, que foi um elemento de identificação dos seus integrantes.

Plano de Aula - 8º ano - História - A Conjuração Baiana e suas ...


Disponível em: https://beduka.com/blog/materias/historia/resumo-da-conjuracao-baiana/Acesso em: 27 de abr. de 2020. (Adaptada)

2-Com as informações contidas no quadro anterior vamos fazer um levantamento preliminar da conjuração Baiana? 
a) Que outros nomes esse movimento tem? 
b)  De acordo com a imagem, quem são as pessoas referidas como heróis?
c)  O que podemos entender com o enunciado: “Heróis de Búzios”? 
d)  Qual seria a causa defendida por estes heróis? 
e)  A Conjuração Baiana, também chamada de Inconfidência Baiana ou Revolta dos Búzios, não é tão conhecida como outros movimentos de revolta como a Inconfidência Mineira. Baseados na observação da imagem, respondam qual fator pode ter levado a este “esquecimento”?

CONJURAÇÃO BAIANA

A Conjuração Baiana foi uma revolta de caráter separatista e popular, que ocorreu na Bahia em 1798. Seus principais objetivos eram: o fim do pacto colonial com Portugal, a implantação da República, a liberdade comercial no mercado interno e externo e a liberdade e igualdade entre as pessoas (eram favoráveis à abolição da escravidão). A Conjuração Baiana, também chamada Inconfidência Baiana, foi um movimento de caráter separatista ocorrido no ano de 1798, na então Capitania da Bahia. Este movimento ficou conhecido também como a Revolta dos Alfaiates pois a grande maioria dos membros que participaram da revolta exerciam essa profissão. Diferente da Inconfidência Mineira, ocorrida em 1789, o movimento baiano possuía caráter popular, sendo composto, em sua maioria, por escravos, negros livres, mulatos, brancos pobres e mestiços que exerciam as mais diferentes profissões, como alfaiates, sapateiros, pedreiros, entre outras ocupações. Causas Em 1763, a capital do Brasil foi transferida para o Rio de Janeiro. Com tal mudança, Salvador, antiga capital, sofreu com a diminuição dos recursos designados à cidade. Juntamente, o aumento da taxa de impostos e exigências pioraram radicalmente as condições de vida da população local. Com isso, a população de Salvador começou a sofrer com a falta de certos mantimentos, que consequentemente elevaram os preços dos produtos e alimentos fundamentais para a sobrevivência que estavam disponíveis. A população estava cada vez mais inconformada. Além disso, o povo também não estava satisfeito com o governo de Portugal e a ideia do Brasil se tornar independente ganhava cada dia mais força na população. Eventos como a independência dos Estados Unidos, a independência do Haiti e a Revolução Francesa acabaram ocasionando na capitania baiana a disseminação dos ideais de liberdade e igualdade, causando euforia em uma pequena parcela de toda a população que residia em Salvador. As ruas de Salvador foram tomadas pelos inconfidentes que distribuíram folhetos informativos a fim de obter mais apoio popular e incitar a revolução. Os panfletos traziam pequenos textos e palavras de ordem, com base no que as autoridades portuguesas chamavam de “abomináveis princípios franceses”. Os principais líderes da Conjuração Baiana foram: Os alfaiates João de Deus do Nascimento e Manuel Faustino dos Santos Lira; O médico Cipriano Barata, conhecido como médico dos pobres e revolucionário de todas as revoluções; Os soldados Lucas Dantas de Amorim Torres, Luiz Gonzaga das Virgens; O farmacêutico João Ladislau de Figueiredo; O professor Francisco Barreto.
 O Fim da Conjuração Baiana O governador da Bahia D. Fernando José de Portugal e Castro, recebeu a denúncia, feita por Carlos Baltasar da Silveira, de que os conspiradores estariam reunidos em Campo de Dique, no dia 25 de agosto. O coronel Teotônio de Souza foi encarregado pela Coroa portuguesa de flagrá-los. Muitas pessoas conseguiram fugir, mas 49 pessoas foram presas, entre elas três mulheres, nove escravos, porém a grande maioria era composta de alfaiates, barbeiros, soldados e pequenos comerciantes. Os envolvidos na Conjuração Baiana que eram de classes sociais mais baixas tiveram condenações mais duras. Manuel Faustino, João de Deus Nascimento, Luís Gonzaga das Virgens e Lucas Dantas foram executados e esquartejados. As partes de seus corpos foram espalhados pela cidade de Salvador, com o intuito de demonstrar autoridade e reprimir outros possíveis movimentos de conspiração. Disponível em: https://beduka.com/blog/materias/historia/resumo-da-conjuracao-baiana/ Acesso em: 27 de abr. de 2020.

3- Vamos ver se você compreendeu direitinho a Conjuração Baiana. Para isso responda as questões a seguir.
   a) De acordo com o texto, quais foram as causas que motivaram este movimento?
 b) Qual a origem social dos membros da revolta?
c) Qual foi o destino de seus líderes?
d) Qual era um dos principais recursos utilizados pelos inconfidentes para divulgação das ideias do movimento e obter mais apoio popular e incitar a revolução? 
 4- Os panfletos traziam pequenos textos e palavras de ordem, com base no que as autoridades portuguesas chamavam de “abomináveis princípios franceses” o trecho em destaque está se referindo a qual princípio iluminista?

5-  Para encerrar essa atividade observe a bandeira da Revolta dos Búzios e a bandeira da França:


Bandeira da Conjuração Baiana Bandeira de França
A inscrição em latim "surge, nec mergitur" significa "apareça e não se esconda" (Foto: Manu Dias/Divulgação) Disponível em: https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/bandeira-emhomenagem-a-revolta-dos-buzios-e-hasteada-na-praca-dapiedade/ Acesso em 27 de abr. de 2020.
A bandeira azul, branca e vermelha foi criada em 1794, no contexto da Revolução Francesa, que tinha por lema “Liberdade, igualdade e fraternidade”. 

  Bandeira da França: origem, significado das cores e história ...~   HistóriaS: Inconfidência Baiana


Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/France#/media/File:Flag_ of_France.svg Acesso em: 27 de abr. de 2020.
a) Há semelhanças entre a bandeira da Conjuração Baiana e da França. Vocês sabem quais são? Acham que isso pode indicar uma influência da Revolução Francesa no movimento baiano? Se sim, qual?
 b) A quem poderia estar se referindo a expressão em latim "surge, nec mergitur" ("apareça e não se esconda") no contexto da Revolta de Búzios?
  c) Esta expressão pode ser inspiradora ainda nos dias atuais? A quem? 

Disponível em: https://novaescola.org.br/plano-de-aula/5452/a-conjuracao-baiana-e-suas-relacoes-com-a-revolucao-francesa Acesso em: 27 de abr. de 2020. (Adaptada) 


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