HISTÓRIA – 7o ANO
3a QUINZENA - 2o CORTE
Tema/ Conhecimento: As descobertas científicas e a
expansão marítima: Interações científicas e comerciais entre Ocidente e
Oriente.
Habilidades: (EF07HI06) Comparar as navegações no
Atlântico e no Pacífico entre os séculos XIV e XVI. (GO-EF07HI06-A) Relacionar
as interações entre Ocidente e Oriente, por meio das navegações e da expansão
marítima, das trocas científicas que influenciaram as revoluções no ocidente e
impulsionaram as navegações. (GO-EF07HI06-C) Identificar e comparar em mapas,
as rotas de navegações realizadas por europeus, entre os séculos XIV e XVI, no Atlântico
e no Pacífico, bem como analisar as interações cientificas e comerciais entre o
Ocidente e o Oriente a partir deste movimento.
NOME: DATA:
UNIDADE ESCOLAR:
ATIVIDADES
Nessa aula vamos conhecer os desafios, as tecnologias e o
impulso que a chegada à Índia pelo oceano fez a Portugal, alimentado pelo
comércio de especiarias o expansionismo marítimo. Para começo de conversa leia o
texto a seguir.
Avanços tecnológicos nas grandes navegações
A necessidade da expansão marítima feita por parte de
algumas coroas europeias principalmente nos séculos XV e XVI, caracterizaram a
“Era dos Descobrimentos”, impulsionou avanços tecnológicos nos materiais e como
eles eram utilizados para instrumentação da navegação. Facilitaram objetivos
como: descobrir novos mundos e/ou caminhos marítimos e efetuar as trocas
comerciais.
Outros povos também já tinham conhecimento nesta área,
como se sabe os chineses e os árabes também utilizavam o método de navegar.
Sabe-se que Portugal, já que é banhado por mar por todo o
seu território, desenvolveu a Ciência Náutica através de escolas de navegação
como a “Escola de Sagres”, um lugar de conhecimento e compartilhamento de experiências
entre navegadoras da Europa e do Oriente. As coroas eram as principais
impulsionadoras.
Começou a se desenvolver a cartografia e o mapeamento das
costas marítimas e dos continentes de acordo com o que se conhecia na época
através de documentos e da observação. Materiais de apoio foram inventados como
a bússola trazida do oriente para o ocidente pelos árabes, feita por uma agulha
magnetizada que indica o eixo norte-sul magnético; o astrolábio para medir a
altura e posição dos astros; o quadrante que apontava apara a Estrela Polar e
permitia determinar a distância entre o ponto de partida da viagem e o lugar onde
a embarcação estava exato naquele momento; a balestilha que se pensa ter sido
inventada pelos portugueses e que era numa vara de madeira que tinha a função
de medir a altura que unia o horizonte ao astro, permitindo determinar os
azimutes, etc.
Através da tecnologia desenvolvida para as navegações,
tudo aquilo que era apenas visível a olho nu no céu, passa a ser interpretado e
medido detalhadamente como meio de localização dos navegadores. Ao navegar o
homem foi desenvolvendo e aprimorando os materiais, ultrapassando os seus
próprios limites e vencendo os medos.
No desenvolvimento naval houve a necessidade de construir
embarcações maiores e melhores. Na passagem da navegação de cabotagem, ou seja,
perder a costa de vista utilizada antes do século XVI, se evoluiu para as
Caravelas Latinas com maior capacidade de carga. Estas tinham a característica de
terem velas em formato triangular e trouxeram a inovação da navegação em zigue-
zague contra o vento, chamado de bolinar. Eram mais rápidas e de fácil manobrar
e atingiam a média de 25 m de comprimento, 7 m de boca e 3 m de calado. A sua
capacidade de carga atingia as 50 toneladas e eram compostas por convés único e
popa sobrelevada.
A Nau foi outro meio de transporte utilizado em viagens
longas e a sua capacidade aumentou ao longo do tempo, indo de duzentas
toneladas no séc. XV até às quinhentas no século XVI. Foi largamente usada no caminho
das Índias onde atingiu o seu auge.
Acompanhado de todo esse avanço, surgiu a importância do
comércio marítimo que acelerou o desenvolvimento das embarcações ao longo do
tempo e que levou o transporte do ouro, especiarias, sedas da Índia que era
fonte de grande riqueza e soberania que contribuíram para o monopólio do
mercado.
Os avanços tecnológicos nas navegações foram sempre
evoluindo de acordo com as necessidades, encurtamento de tempo de viagem e
eficácia dessas funções nunca pararam de se desenvolver até aos dias de atuais.
ATIVIDADES
01.A necessidade da expansão marítima feita por parte de
algumas coroas europeias principalmente nos séculos XV e XVI, caracterizaram a
“Era dos Descobrimentos”, impulsionou avanços tecnológicos nos materiais e como
eles eram utilizados para instrumentação da navegação. Associe os instrumentos NÁUTICOS
as suas devidas especificações.
a) A bússola
( ) era usado para medir a altura e posição dos astros; o quadrante que
apontava apara a Estrela Polar e permitia determinar a distância entre o ponto
de partida da viagem e o lugar onde a embarcação estava exato naquele momento.
b) O astrolábio
( ) era numa vara de madeira que tinha a função de medir a altura que unia o horizonte
ao astro, permitindo determinar os azimutes.
c) A balestilha (
) Foi largamente usada no caminho das Índias onde atingiu o seu auge.
d) As Caravelas (
) trazida do oriente para o ocidente pelos árabes, feita por uma agulha
magnetizada que indica o eixo norte-sul magnético.
e) A Nau (
) tinham a característica de terem velas em formato triangular e trouxeram a inovação
da navegação em zigue zague contra o vento, chamado de bolinar.
02. A invenção da bússola e astrolábio ajudou os
navegantes daquele período a enfrentarem os perigos do mar e conseguirem chegar
a novas terras. Com base nos fragmentos acima, pesquise e descubra de que modo os
navegadores poderiam se beneficiar desses instrumentos em alto mar?
03. Os avanços tecnológicos nas navegações foram sempre
evoluindo de acordo com as necessidades, encurtamento de tempo de viagem e
eficácia dessas funções nunca pararam de se desenvolver até aos dias de atuais.
Nas últimas décadas, a tecnologia nos trouxe invenções incríveis, onde,
apoiadas por um contexto de economia e política capitalistas, avançamos mais
nesta geração do que em várias gerações anteriores juntas; o ritmo em que
cresce é assustador. Nesse sentido, elabore um paragrafo colocando o seu ponto
de vista sobreos avanços tecnológicos nas últimas décadas destacando suas
vantagens e desvantagens.
Vamos aprofundar um pouco mais. Para isso leia trecho dos
documentos a seguir.
Documento 01: Toda Veneza ficou surpreendida e se alarmou
Os mais sisudos diziam que era a pior notícia que podia
chegar-lhes. De facto, toda a gente sabe que Veneza tinha obtido o seu
prestígio e a sua riqueza unicamente graças ao seu comércio marítimo que lhe proporcionava
cada ano uma grande quantidade de especiarias, de tal maneira que os
comerciantes estrangeiros afluíam para comprá-las. A sua presença e os seus negócios
traziam-nos fartos lucros. Mas agora, por este novo caminho, as especiarias de
Leste serão transportadas para Lisboa, onde os Húngaros, os Alemães, os
Flamengos e os Franceses irão procurá-las, pois serão aí menos caras.
Com efeito, as especiarias que chegam a Veneza têm de
passar pela Síria e os territórios do sultão, e por toda a parte devem pagar
direitos (aduaneiros) tão exorbitantes que, ao chegar a Veneza, o que tinha
custado um ducado deve ser vendido por de oitenta a cem ducados. O caminho marítimo,
esse, não tem de pagar todos esses impostos, e os Portugueses podem vendê-las
(às especiarias) mais baratas. As pessoas mais bem informadas dão-se conta
disso, outras não podem acreditar na notícia, e outras pensam que o rei de
Portugal não poderá conservar por muito tempo este caminho e este comércio com
Calicute, pois das treze caravelas que para aí partiram só seis voltaram, e as
perdas serão maiores que os lucros.
Por outro lado, ele não encontrará facilmente homens
dispostos a arriscar a sua vida numa viagem tão longa e perigosa, e pensa-se
que o sultão (da Turquia), quando se aperceber das perdas que isto trará aos
seus rendimentos, tratará de impedir esse comércio. Eis o que se diz, entre
outras coisas, pois os Venezianos, como de costume, procuram encontrar razões
para não perder a esperança e recusam-se a acreditar e a ouvir o que lhes não
convém.
Documento 02: Aproximava-se o tempo da chegada das
notícias de Portugal sobre a vinda das suas caravelas, e esperava-se essa
notícia com muito medo e apreensão; e por causa disso não havia transacções,
nem de um ducado... Na feira alemã de Veneza não há muitos negócios. E isto
porque os Alemães não querem comprar pelos altos preços correntes, e os
mercadores venezianos não querem baixar os preços, vista a pequeníssima
quantidade de especiarias que se encontram em Veneza.
Calcula-se que na cidade não há mais de 250 cargas de
pimenta, 800 milheiros de gengibre, 15 de noz moscada e 15 de cravo de
cabecinha; e de todas as outras especiarias ninguém se lembra de ter jamais
havido tão poucas. E na verdade são as trocas tão poucas como se no poderia prever.
E isto procede do facto de que os alemães não compram imediatamente aquilo de
que necessitam, pois não sabem o que a caravelas portuguesas podem trazer de
especiarias.
Agora responda as questões a seguir.
04. Qual o principal assunto de ambos os documentos?
05. Após o episódio narrado, em que Portugal começa o
mercado de especiarias, o que ocorre com o comércio de Veneza? Justifique sua
resposta.
06. Qual a explicação para que Portugal consiga vender as
especiarias por um preço mais baixo?
a) Por causa do caminho marítimo, esse, não tinha que
pagar tantos impostos.
b) Era solidário e contentava em tem uma parcela menor de
lucros.
c) Os comerciantes portugueses não tinha que pagar
impostos para a coroa Portuguesa.
d) Por causa da pequeníssima quantidade de especiarias e
da necessidade de compradores.
Agora chegou a vez de conhecermos os caminhos dessa
aventura. Observe no Mapa o caminho percorido pelos grandes navegadores.
Depois que os turcos tomaram Constantinopla, não era mais
possível chegar às Índias pelo estreito de Bósforo. Então os navegadores
precisaram contornar a África. Veja o Mapa da rota portuguesa – chegar às índias
– no oriente – contornado o sul da áfrica – périplo africano.
CONTORNANDO O CABO DAS TORMENTAS
Esta viagem, iniciada (em fins de) agosto de 1487,
constituiu o verdadeiro descobrimento do caminho marítimo para a Índia. A frota
compunha-se de duas naus, acompanhadas de uma naveta com mantimentos sobressalentes
– (...) O comandante era Bartolomeu Dias, como dissemos, o qual embarcava num
navio de que Pero de Alenquer era o piloto. Descendo ao longo da costa
africana, ao sul do Equador, iam nela colocando padrões.(...) Seria o caminho
da Índia?... Rumaram ao norte. Toparam uma angra, a que deram o nome "dosVaqueiros"
(...)Depois, foram seguindo pela costa ao longo, a qual se prolongava direção
do oriente... Porém, a gente dos navios sentia-se cansada. A nau dos
mantimentos quedara-se longe, e muito difícil seria encontrá-la, antes que se
acabassem os mantimentos que existiam ainda. Que seria, então, se avançassem
mais? Já muito se descobrira naquela viagem, da qual levavam uma grande nova: o
acharem que a terra corria para leste, donde se concluía que para trás deles
deveria ter ficado um grande cabo.(...).
Partidos de ali houveram vista daquele notável cabo, como
aquele que quando se mostrasse não descobriria omente a si, mas a outro novo
mundo de terras. Ao qual Bartolomeu Dias e os de sua companhia, por causa dos
perigos e tormentas que em o dobrar dele passaram, lhe puseram nome Tormentoso;
mal el-rei D.João, vindo eles ao reino, lhe deu outro nome mais ilustre,
chamando-lhe cabo da Boa Esperança, pelo que ele prometia deste descobrimento
da Índia, tão esperada, e por tantos anos requerida." (...) A passagem do
Bojador e a do Tormentoso marcam dois momentos culminantes na história dos
descobrimentos. Ia suceder à do segundo a exploração do comércio do Oriente,
como sucedera à do primeiro a exploração do comércio da Guiné.
Para sistematizar seus conhecimentos responda mais estas
questões.
07. Observando o mapa da da rota portuguesa, identifique
o ponto de partida, o ponto de chegada de cada um dos novegadores e que eles
buscavam.
08. De acordo com o texto e o mapa qual foi a rota
percorida por Bartolomeu Dias e quais foram os principais desafios encontrados
por ele em sua viagem?
09. Interpretando o relato da viagem marítima de
Bartolomeu Dias, trace no mapa abaixo a rota utilizada para chegada às Índias
pela frota portuguesa e identifique no mapa onde acredita ser o Cabo das
Tormentas.
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