Independência
da América Espanhola
O termo “independência da América Espanhola” diz respeito
ao processo de crescente ganho de autonomia das colônias espanholas em relação
à metrópole europeia, ocorrido durante o início do século XIX. As primeiras
tentativas de independência. Nas décadas finais do século XVIII, ocorreram as
primeiras tentativas por parte das colônias em se libertar da Espanha. No Peru,
por exemplo, se iniciaria uma grande revolta liderada pelo indígena conhecido
como Túpac Amaru II contra a exploração brutal ocorrida nas minas.
Eventualmente, a rebelião foi sufocada, mas isso não impediu a continuação da
crise colonial nas Américas, motivada pela relação desigual que caracterizava a
política mercantilista colonial. Ao final do século, porém, a ascensão do
general Napoleão Bonaparte ao poder modificou todo o panorama político com o
início de suas investidas militares para expandir o poder francês na Europa.
Após a invasão da Espanha e a deposição do rei da Casa Bourbon, Fernando VII,
criaram-se as chamadas juntas nas colônias para se resistir a qualquer possível
iniciativa francesa nas Américas. Entretanto, os descendentes de espanhóis
nascidos no continente americano (conhecidos como criollos) aproveitaram a
oportunidade para enfraquecer algumas medidas mercantilistas.
Os
libertadores da América espanhola:
Com a derrota definitiva de Napoleão Bonaparte em 1815 e
à restituição do poder das monarquias absolutistas, a Espanha tentou controlar
novamente suas colônias nas Américas. Embora tenha conseguido sucesso
inicialmente com vitórias contra movimentos menores nas cidades de Bogotá e
Caracas, a eventual reunião de massivo apoio popular por parte de líderes
político-militares como Simón Bolívar e José de San Martin gerou um forte
processo que, em poucas décadas, levaria à libertação de todas as colônias
espanholas nas Américas.
Simón
Bolívar
Simón Bolívar nasceu em 24 de julho de 1783, no então
vice-reino de Nova Granada, em uma família nobre de origem espanhola. Após
estudar na Europa e ser influenciado pelos pensamentos revolucionários de
origem iluminista, retornou ao país natal e juntou-se à luta contra a dominação
colonial da Espanha, onde rapidamente assumiria um papel de liderança. Em 1811,
um movimento de mestiços e escravos libertos com o apoio essencial da
Inglaterra conseguiria a independência da Venezuela. Nos anos seguintes, também
seriam libertados os territórios equivalentes aos atuais países de Bolívia,
Colômbia, Equador e Panamá, que criaram uma união política nomeada de Grã-Colômbia.
Ela duraria até 1829.
José
de San Martin
Já José de San Martin nasceu em 25 de fevereiro de 1778,
no então vice-reino da Prata, também em uma família de origem espanhola. Quando
ele ainda era uma criança, sua família retornou à Espanha, onde José iniciou
sua educação militar. Poucos anos depois da deposição de Fernando VII, ele
retornou às Américas, onde se uniu à resistência do vice-reino do Peru contra
os franceses. Ali, ele se distinguiu como líder militar, estando depois à
frente de uma campanha nos Andes que levaria à libertação do Chile em 1817,
seguido em pouco tempo pelo Peru.
Independência
do México
O México,
especificamente, não dependeu de nenhum destes dois homens para alcançar a sua
independência, que foi feita pelo próprio exército no início da década de 1820.
Dependência
econômica
De qualquer forma, as ambições de uma América unida não
foram realizadas; logo nos anos seguintes, conflitos entre oligarquias locais
fragmentaram toda a Grã-Colômbia. Além disso, o apoio da Inglaterra à independência
da América espanhola local não fora desinteressado, uma vez que esse país já
via o potencial do grande mercado consumidor que o fim do pacto colonial
poderia trazer. Por consequência, mesmo composta agora de países independentes,
a América espanhola ainda estaria unida economicamente à Europa pelas décadas
que se seguiriam, continuando a ser importadora de industrializados e
exportadora de matérias-primas. Politicamente, os governos dos países
independentes se apressaram a excluir qualquer participação popular maior,
ficando retido às elites sociais. Esse processo abriria caminho para o
surgimento, mais tarde, das ditaduras latino-americanas.
LIMA, Lizânias de Souza; PEDRO, Antonio. “Rebeliões e
revoluções na América”. In: História da civilização ocidental. São Paulo: FTD,
2005. pp. 268-270. Disponível em:<
https://www.infoescola.com/historia/independencia-da-america-espanhola/>
acesso em: 06 de maio de 2020 [adaptado].
ASSISTA AO VÍDEO PARA COMPLEMENTAÇÃO DOS ESTUDOS:
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=HQ1jNqW6RJw
Acesso em 05 de maio de 2020.
01. O
grupo “Criollos” foi importante para as tentativas da independência Espanhola,
quem eram respectivamente esse grupo:
a-( ) Os espanhóis
e os mestiços.
b- ( )
Descendentes de espanhóis nascidos no continente americano.
c-
( ) Os mestiços e os precursores da
independência.
d - ( )
Nenhuma delas é correta.
02. Defina com suas palavras o que foi a Independência
Espanhola?
03. Quem foram os libertadores da américa Espanhola?
a-
(
) Dom Pedro I e Dom Pedro II
b- ( ) Simón Bolívar e José de San Martin
c- ( ) José Simon e Bolívar
d- ( ) Simon
Martin e José Bolívar
04. De acordo com o vídeo quem foi Simon Bolívar?
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