quarta-feira, 15 de abril de 2020

Geografia 6


Quarta-feira, 15 de Abril de 2020
*Marcadores : 6C, 6D

Geografia – 6º ano/ - 03

Ø Orientações para aula não presencial – 03
- 1ºPasso: Copie ou imprima (neste caso, colando o mesmo em seu caderno) o texto de introdução logo abaixo, e em seguida, leia-o com atenção; A impressão/fotocópia das “imagens”, é OPCIONAL.
-2ºPasso: Utilize o marcador de texto ou uma caneta de outra cor, para destacar as palavras que você não sabe o significado no referido texto, produzindo logo em seguida, um pequeno dicionário com as mesmas (procure os significados das palavras no dicionário ou pesquise na internet);
-3ºPasso: Assista o seguinte vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=akf-RszRGWg
-4ºPasso: Copie em seu caderno e responda as atividades de fixação de conteúdo.

*Observação importante: Os conteúdos e atividades presentes nesta postagem, estão planejados para a execução em três (03) aulas/uma semana, ou seja, dentro do período normal da carga horária semanal de Geografia.
*Lembrete: Na semana anterior, não houve a obrigatoriedade de copiar e ou imprimir os conteúdos, ao contrário desta, buscando assim um equilíbrio na carga de trabalhos dos alunos/estudantes.

PESQUISAS COMPROVAM A IMPORTÂNCIA DA VEGETAÇÃO NA PRODUÇÃO DE ÁGUA

Trabalhos desenvolvidos pelo Instituto Florestal (IF) comprovam, de forma inequívoca, que a presença de cobertura florestal em bacias hidrográficas promove a regularização do regime de rios e a melhora na qualidade da água. Os pesquisadores científicos da Seção de Engenharia Florestal, do IF, Valdir de Cicco, Francisco Arcova e Maurício Ranzini, embasaram suas teses de doutorado em pesquisas sobre a relação entre a floresta e a água, elucidando dúvidas e provando com números as suas proposições.
“As bacias hidrográficas recobertas por vegetação florestal são as que oferecem água com boa distribuição ao longo do ano, e de melhor qualidade”, enfatiza Francisco Arcova, engenheiro florestal, doutor em Geografia Física, pela Universidade de São Paulo, no IF desde 1985. Segundo ele, parte da água da chuva é retida pelas copas das árvores, evaporando em seguida em um processo denominado interceptação. A taxa de evaporação varia com a espécie, idade, densidade e estrutura da floresta, além das condições climáticas de cada região.
“Em florestas tropicais, a interceptação varia de 4,5% a 24% da precipitação, embora tenham sido registrados valores superiores a 30%”, explica. Concluindo, os pesquisadores dizem que as pesquisas realizadas em Cunha (município paulista) estimam o valor médio de 18% de interceptação. O restante da água alcança o solo florestal por meio de gotejamento de folhas e ramos ou escoando pelo tronco de árvores. No solo, a água infiltra-se ou é armazenada em depressões, não ocorrendo o escoamento superficial para as partes mais baixas do terreno, como aconteceria em uma área desprovida de floresta.
“O piso florestal é formado por uma camada de folhas, galhos e outros restos vegetais, que lhe proporciona grande rugosidade, impedindo o escorrimento superficial da água para as partes mais baixas do terreno, favorecendo a infiltração. Também a matéria orgânica decomposta é incorporada ao solo, proporcionando a ele excelente porosidade e, consequentemente, elevada capacidade de infiltração.”
Uma parcela da água infiltrada contribui para a formação de um rio por meio do escoamento subsuperficial, e outra, é absorvida pelas raízes e volta para a atmosfera pela transpiração das plantas. “A interceptação e a transpiração, ou a evapotranspiração, fazem a água da chuva voltar para a atmosfera não contribuindo para aumentar a vazão de um rio.”
Em florestas tropicais, a evapotranspiração varia de 50% a 78% da precipitação anual. Na pesquisa realizada em Cunha ( Mata  Atlântica), esse número é de aproximadamente 30%. Os pesquisadores explicam que o remanescente da água infiltrada movimenta-se em profundidade e é armazenado nas camadas internas do solo e na região das rochas, alimentando os cursos de água pelo escoamento de base, isto é, do subsolo onde se localizam os lençóis freáticos.
Neste contexto, por outro lado, verifica-se que em uma bacia sem a proteção florestal, a infiltração da água da chuva no solo é menor para alimentar os lençóis freáticos. O escoamento superficial torna-se intenso fazendo com que a água da chuva atinja rapidamente a calha (leito) do rio, provocando inundações. E, nos períodos de estiagem, o corpo-d’água vai minguando, podendo até secar.
Um outro fator drástico é que, enquanto nas bacias florestadas, a erosão do solo ocorre a taxas naturais, pois o material orgânico depositado no piso impedem o impacto direto das gotas de chuva na superfície do solo, nas áreas desprovidas de vegetação há um intenso processo de transporte de material para a calha do rio aumentando a turbidez e o assoreamento dos rios.
A floresta representa muitos outros benefícios para os sistemas hídricos. Contribui, por exemplo, para o equilíbrio térmico da água, reduzindo os extremos de temperatura e mantendo a oxigenação do meio aquático. Promove, ainda, a absorção de nutrientes pelas árvores, arbustos e plantas herbáceas evitando a lixiviação excessiva dos sais minerais do solo para o rio.
As bacias hidrográficas brasileiras

No Brasil, a divisão hidrográfica nacional, instituída pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), estabelece as 12 Regiões Hidrográficas brasileiras. Elas são compostas de bacias, grupos de bacias ou sub-bacias hidrográficas próximas, com características naturais, sociais e econômicas similares. Nesse sentido, Regiões Hidrográficas são definidas tecnicamente, enquanto as bacias são formadas pela natureza (veja, abaixo, a lista completa).  

Bacias hidrográficas brasileiras




Atividades de fixação de conteúdo (Para responder as questões, leia e interprete o texto, analise o mapa/imagem e assista ao vídeo indicado).



1. A existência de florestas, em áreas de bacias hidrográficas, têm como principais consequências:

a) A desregularização dos regimes de águas de rios e a melhora na qualidade da água.
b) O aumento da temperatura e dos períodos de seca, em toda a região da bacia hidrográfica em que ocorre.
c) O empobrecimento dos solos e a diminuição da qualidade da água.
d) A regularização do regime de rios e a melhora na qualidade da água.
e) A regularização das secas e a melhora na qualidade da água.


2. Ainda com relação à presença de cobertura vegetal ou à falta dela, responda e ou assinale a única alternativa correta:

a) O quê acontece com a matéria orgânica em áreas de florestas, e qual um importante ponto positivo, ocasionado por isto?
                                   “04 linhas”
b) Quais são os processos, que contribuem para não aumentar a vazão de um rio?
                                   “02 linhas”
c) Explique o que são lençóis freáticos.
                                   “04 linhas”
d) Em uma bacia sem a proteção florestal, a infiltração da água da chuva no solo é menor para alimentar os lençóis freáticos, assim, o escoamento superficial torna-se intenso fazendo com que a água da chuva atinja rapidamente  o leito do rio, por outro lado, em épocas de estiagem, o rio vai diminuindo a sua vazão. Nesse contexto, podem ocorrer, respectivamente:

I) Inundações e cheias em rios.
II) Aumento da temperatura e secagem de rios.
III) Evaporação e condensação de rios.
IV) Inundações e secagem de rios.
V) Diminuição da temperatura e enchentes em rios.

e) O que são matas ciliares e rios voadores?
                        “05 linhas”


3. Analisando com atenção, o mapa de bacias hidrográficas brasileiras, e comparando-o com o mapa político (estados e capitais) do Brasil (pesquisar na internet ou em um atlas), cite no mínimo, dois estados brasileiros que possuem terras ou partes de suas terras, em áreas de alguma bacia hidrográfica. Faça uma lista, com as doze bacias hidrográficas e os 26 estados, mais o Distrito Federal. Dica: “Para facilitar, observe os contornos e ou extremidades dos mapas”.
                                               “12 linhas”






















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