quarta-feira, 22 de abril de 2020

Geografia 8


Quarta-feira, 22 de Abril de 2020
*Marcadores : 8A, 8B, 8C, 8D

Geografia – 8º ano/ - 04

Ø Orientações para aula não presencial – 04
- 1ºPasso:  Leia o texto abaixo, com muita atenção, pois o mesmo, será um dos principais recursos para responder as atividades.

-2ºPasso: Procure no texto, palavras que você não sabe o significado, produzindo logo em seguida, um pequeno dicionário com as mesmas (procure os significados das palavras no dicionário ou pesquise na internet);

-3ºPasso: Assista o seguinte vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=1r04K7idCxE

-4ºPasso: Copie em seu caderno e responda as atividades de fixação de conteúdo.

#Observação: Não é necessário copiar ou imprimir os textos/imagens!
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Brasil, um país emergente

O Brasil é um país subdesenvolvido industrializado. Isso significa que o país possui um sistema político-econômico vinculado ao capitalismo. Esse processo promove a apresentação, no país, da maioria das empresas da iniciativa privada, que têm como principal finalidade a busca incessante de lucros. Dessa forma, o conjunto de atividades econômicas influencia diretamente na configuração da economia nacional. A sociedade brasileira, como a maioria dos outros países capitalistas, é dividida em dois grupos distintos. De um lado, a burguesia, conjunto de pessoas que detêm os meios de produção (indústrias, empresas, fazendas, bancos etc.) e que acumulam capitais a partir dos lucros arrecadados em suas propriedades produtivas. Do outro lado fica a classe trabalhadora ou proletária, pessoas que vendem sua força de trabalho em troca de salário. O Brasil, apesar de ser um país industrializado e capitalista, não se apresenta no centro do capitalismo mundial, pois se enquadra como uma economia dependente e periférica. No entanto, o país pode ser classificado como semiperiferia. Essas características são provenientes do alto grau de dependência tecnológica e econômica, fragilidade comercial em relação às grandes potências, dívida externa, grande quantidade de empresas multinacionais, restrita elaboração de novas tecnologias e grande reprodução de técnicas e tecnologias criadas em países centrais e uma enorme disparidade social. O Brasil apresenta economia dependente, apesar disso possui um alto índice de industrialização, com economia diversificada. Isso significa que a produção não se limita à produção agropecuária e à extração de minérios, existe também um complexo e completo parque industrial que produz aviões, automóveis, softwares e muito outros equipamentos modernos. O Brasil não faz parte do grupo de países com pequenas economias e industrialização modesta, no qual se integram Uganda, Costa do Marfim, Paquistão, Bangladesh, Etiópia, Niger, Mali, Zaire, Bolívia, Haiti, entre outros. Já países como Argentina, México, África do Sul, Tigres asiáticos, Coréia do Sul, Taiwam, Malásia, Hong Kong, Indonésia, Índia e especialmente a China, são prováveis potências mundiais.


Geopolítica brasileira – Uma abordagem contemporânea

 Na primeira década do século XXI, o Brasil começou a trilhar uma estratégia de afirmação internacional que retoma iniciativa proposta e interrompida na década de 60. De maneira ainda titubeante, o Brasil vem expandindo sua presença em alguns tabuleiros geopolíticos e vem tentando aumentar sua capacidade de defesa autônoma de suas reivindicações internacionais. A nova estratégia foi definida pelo Plano Nacional de Defesa, e pela Estratégia Nacional de Defesa, aprovados pelo Congresso Nacional, em 2005 e 2008, respectivamente. Nos dois documentos, o governo brasileiro propõe uma política externa que integre suas ações diplomáticas, com suas políticas de defesa e de desenvolvimento econômico, e ao mesmo tempo, introduz um conceito inovador na história democrática do país, o conceito de “entorno estratégico”, onde o Brasil se propõe irradiar, de forma preferencial, a sua influência e a sua liderança, incluindo a América do Sul, a África Subsaariana, a Antártida e a bacia do Atlântico Sul. Um país pode projetar o seu poder e a sua liderança, fora de suas fronteiras nacionais, através da coerção, da cooperação, da difusão das suas idéias e valores, e também, através da sua capacidade de transferir dinamismo econômico para sua “zona de influência”. Mas em qualquer caso, uma política de projeção de poder exige objetivos claros e uma coordenação estreita, entre as agencias responsáveis pela política externa do país, envolvendo a diplomacia, a defesa, e as políticas econômica e cultural. Sobretudo exige uma sociedade mais igualitária e mobilizada, e uma “vontade estratégica” consistente e permanente, ou seja, uma capacidade social e estatal de construir consensos em torno de objetivos internacionais de longo prazo, junto com a capacidade de planejar e implementar ações de curto e médio prazo, em conjunto com os atores sociais, políticos e econômicos relevantes. Ao contrário de tudo isto, desde a II Guerra Mundial, e mesmo depois do fim da Guerra Fria, até o início do século XXI, a política externa brasileira oscilou no tempo, mudando seus objetivos imediatos segundo o governo, apesar de que tenha mantido sempre seu alinhamento – quase automático – ao lado das “grandes potências ocidentais”. E mesmo hoje, apesar da posição do governo, existem divisões e resistências profundas, dentro de suas elites e dentro de suas agências governamentais, que seguem retardando a consolidação efetiva da nova estratégia brasileira. Como se o sistema político, a sociedade e a intelectualidade brasileira ainda não estivessem preparados para assumir os objetivos definidos pelos documentos oficiais. A própria universidade brasileira só expandiu recentemente sua capacidade de pesquisa e formação de recursos humanos na área internacional. E algumas universidades do país não possuem nem centros nem unidades especializadas, como é o caso surpreendente da UFRJ, a maior universidade federal do país. Além disto, existe uma carência acentuada de instituições ou think tanks que cumpram o papel de reunir as informações e as idéias indispensáveis para o estudo e a escolha de alternativas, e para a orientação inteligente da inserção internacional do país. De qualquer maneira, se o Brasil conseguir sustentar suas novas posições, terá que se enfrentar inevitavelmente com uma regra fundamental do sistema: todo país que se propõe ascender a uma nova posição de liderança regional ou global em algum momento terá que questionar os “consensos éticos” e os arranjos geopolíticos e institucionais que foram definidos e impostos previamente, pelas potências que já são ou foram dominantes, dentro do sistema mundial. Esta regra não impede o estabelecimento de convergências e alianças táticas, entre a potência ascendente com uma ou várias das antigas potencias dominantes, mas exige que a potência ascendente mantenha seu objetivo permanente de crescer, expandir e galgar posições, dentro do sistema internacional. Isto não é uma vaidade ideológica, é um imperativo do próprio sistema interestatal capitalista: neste sistema, “quem não sobe cai” (nota). Mesmo assim,  sempre existirá um imenso espaço de liberdade e de invenção revolucionária para o Brasil: descobrir como projetar seu poder e sua liderança fora de suas fronteiras sem seguir o figurino tradicional das grandes potências. Ou seja, sem reivindicar nenhum tipo de “destino manifesto”, sem utilizar a violência bélica dos europeus e norte-americanos, e sem se propor conquistar qualquer povo que seja, para “convertê-lo”, “civilizá-lo”, ou simplesmente comandar o seu destino.


Atividades de fixação de conteúdo

1. O Brasil, apesar de ser um país industrializado e capitalista, não se apresenta no centro do capitalismo mundial, pois se enquadra como uma “economia periférica”. Explique esta afirmativa.
                                   “06 linhas”

2. Assinale ( V ) para as afirmativas verdadeiras ou ( F ) para as falsas:

a (   ) O Brasil é atualmente, em termos de desenvolvimento socioeconômico, considerado um país subdesenvolvido industrializado.

b (     ) Países como o México, a Coréia do Sul e a Índia, são considerados atualmente,  nações de pequena economia e industrialização modesta.

c (   ) No conceito de entorno estratégico, o Brasil propõe irradiar, de forma preferencial, a sua influência e a sua liderança, para áreas como a América do Norte, a África Subsaariana, a Antártida e a bacia do Atlântico Sul.

d (    ) Um país pode projetar o seu poder e a sua liderança, fora de suas fronteiras nacionais, através da coerção, da cooperação, da difusão das suas idéias e valores, e também, através da sua capacidade de transferir dinamismo econômico para sua “zona de influência”.

e(     ) A política externa brasileira oscilou no tempo,mudando seus objetivos imediatos segundo o governo, apesar de que tenha mantido sempre seu alinhamento – quase que automático – ao lado das grandes potências ocidentais, com a China.

3. Tendo-se por base, uma “janela de desenvolvimento”, que vislumbra os próximos 30 anos, o que o Brasil deveria adotar como ações importantes, objetivando deixar o incômodo status geopolítico, de “periferia mundial”?
                            “08 linhas”

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