quarta-feira, 22 de abril de 2020

Geografia 7


Quarta-feira, 22 de Abril de 2020
*Marcadores : 7C, 7D, 7E

Geografia – 7º ano/ - 04

Ø Orientações para aula não presencial – 04
- 1ºPasso:  Leia o texto abaixo, com muita atenção, pois o mesmo, será um dos principais recursos para responder as atividades.

-2ºPasso: Procure no texto, palavras que você não sabe o significado, produzindo logo em seguida, um pequeno dicionário com as mesmas (procure os significados das palavras no dicionário ou pesquise na internet);

-3ºPasso: Assista o seguinte vídeo https://www.youtube.com/watch?v=JmetD8M5SeM

-4ºPasso: Copie em seu caderno e responda as atividades de fixação de conteúdo.

#Observação: Não é necessário copiar ou imprimir os textos/imagens!

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Fluxos econômicos e populacionais no Brasil
                                 -  Uma abordagem cartográfica/estatística -

As relações socioeconômicas são responsáveis pelas modificações no espaço geográfico, estruturando determinados lugares de acordo com a atividade econômica desenvolvida, alterando o meio, produzindo novos ambientes, criando espaços privilegiados, influenciando os fluxos migratórios, interferindo na geopolítica mundial, entre outros fatores. Assim, a análise dos fluxos econômicos e populacionais, tem como objeto de estudo as transformações espaciais desencadeadas pelas relações econômicas, a localização e a organização dessas atividades. Outro ponto importante é a análise crítica dos motivos pelos quais determinada atividade econômica é realizada em um local, considerando os elementos da região como o clima, relevo, disponibilidade de recursos naturais, etc. Nesse contexto, temos uma visão mais detalhada de como isto ocorre, conseguindo identificar então, questões  que abordam a localização industrial, sistemas econômicos, revoluções industriais, agropecuária, globalização, desigualdades socioeconômicas, fluxos e capitais, blocos econômicos, divisão do trabalho, entre tantos outros.
Podemos dizer ainda que, de um modo geral, deslocamentos ou fluxos populacionais, ocorrem principalmente devido a fatores econômicos, ou seja, pessoas/famílias que buscam uma melhoria de vida, enxergando em outros lugares que não o seu de origem, melhores oportunidades de crescimento ou mesmo de sobrevivência, independente deste objetivo ser ou não, concretizado posteriormente.









Deslocamentos Populacionais no Brasil e suas consequências socioeconômicas





A partir da década de 1980, o comportamento da mobilidade espacial da população sofreu importantes transformações nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. No Brasil, surgiram novos eixos de deslocamentos envolvendo expressivos contingentes populacionais, onde se destacam:

1- a inversão nas correntes principais nos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro,
2- a redução da atratividade migratória exercida pelo estado de São Paulo,
3- o aumento da retenção de população na região Nordeste,
4- os novos eixos de deslocamentos populacionais em direção às cidades médias no interior do país,
5- o aumento da importância dos deslocamentos pendulares (para trabalhar e/ou estudar),
6- o esgotamento da expansão da fronteira agrícola.
Esses e outros aspectos são abordados na publicação do IBGE, “Deslocamentos Populacionais no Brasil”, coletânea de estudos sobre mobilidade populacional que abrange o debate teórico atual em torno desse tema e faz análise dos movimentos migratórios inter-regionais e interestaduais no Brasil entre 1995 e 2000 (com dados do Censo 2000) e nos períodos 1999/2004 e 2004/2009 (a partir de informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD).


Volume de migrações entre as regiões reduziu-se na última década

As edições da PNAD de 2004 e 2009 investigaram onde o pesquisado morava cinco anos antes da data de referência. Os dados mostram que o volume da migração inter-regional envolveu 2,8 milhões de pessoas no quinquênio 1999-2004 e 2 milhões de pessoas entre 2004 e 2009. Esse volume envolveu cerca de 3,3 milhões de pessoas no quinquênio 1995-2000 (dados do Censo Demográfico 2000). As principais correntes migratórias observadas no passado estão perdendo intensidade e se observa também um movimento de retorno às regiões de origem.
Constatou-se a perda de capacidade de atração populacional na região Sudeste, que apresentou saldo negativo de migrantes tanto em 2004 quanto em 2009. O Nordeste continua perdendo população, porém em uma escala bem menor que no passado.
            Neste contexto, temos o  Índice de Eficácia Migratória (IEM), que mede a capacidade de atração, evasão ou rotatividade migratória e é obtido através da relação entre o saldo migratório e o volume total de migrantes (imigrantes + emigrantes). Esse indicador permite a comparação entre os estados, independentemente do volume absoluto da imigração e da emigração.
O IEM das Unidades da Federação revelou que metade delas são áreas de rotatividade migratória, ou seja, têm fluxos de saída e entrada semelhantes. Mesmo aquelas que no passado eram consideradas áreas expulsoras ou potencialmente atrativas se tornaram áreas onde as trocas entre imigrantes e emigrantes foram equilibradas. Em geral, observou-se uma tendência de diminuição do volume dos fluxos migratórios em todas as Unidades da Federação.
Os estados em que a migração de retorno foi mais expressiva em 2009 foram Rio Grande do Sul (23,98%), Paraná (23,44%), Minas Gerais (21,62%), Sergipe (21,52%), Pernambuco (23,61%), Paraíba (20,95%) e Rio Grande do Norte (21,14%).

Censo 2010: cidades com menos de 500 mil habitantes são as que mais crescem

Os resultados divulgados do Censo Demográfico de 2010 apresentam apenas os volumes populacionais desagregados por município. Com esses dados é possível estabelecer os eixos de crescimento populacional no país e especular sobre áreas que ganham ou perdem população, de modo a inferir se houve alteração no comportamento dos deslocamentos de população na década passada. Verificou-se que as cidades com menos de 500 mil habitantes são as que mais crescem no país, o que demonstra a influência da migração, muito embora as grandes cidades continuem concentrando parcela expressiva da população (aproximadamente 30%). O ritmo de fragmentação do território foi menos intenso que nas décadas passadas, tendo sido instalados 58 municípios, contra 501 nos anos 1980 e 1.016 nos anos 1990.
Analisando a evolução do crescimento dos municípios, é possível verificar que 27% deles, parcela expressiva desses com até 10 mil habitantes, perdem população e, do ponto de vista do desenvolvimento, representam espaços estagnados. Entre esses, quase todos tiveram, no ano de 2008, Produto Interno Bruto (PIB) per capita muito baixo. No estrato de municípios com decréscimos populacionais, quatro cidades consideradas de porte médio podem ser destacadas: Foz de Iguaçu (PR), Ilhéus (BA), Lages (SC) e Uruguaiana (RS).
Com crescimento nulo ou baixo (até 1,5% ao ano) surgem cerca de 46% dos municípios. Esse desempenho pode ser atribuído aos níveis mais baixos da fecundidade e à pouca atratividade populacional exercida por esses espaços, aqui incluídas 23 cidades consideradas de grande porte. Nesse conjunto, prevalece a combinação de PIB baixo e áreas muito adensadas. Por exemplo, os núcleos das nove tradicionais regiões metropolitanas, no período, registraram taxas abaixo de 1,5% ao ano, sendo que Porto Alegre apresentou o pior desempenho, com taxa de 0,4%. Rio de Janeiro e São Paulo tiveram variações próximas a 0,8%.
Na faixa de crescimento entre 1,5% e 3% ao ano aparece algo próximo a 19% dos municípios, basicamente de tamanho médio e com PIB um pouco mais elevado, quando comparado ao estrato anterior. Nesse grupo também se encontram 15 cidades de grande porte, sendo nove capitais (Brasília, Manaus, Goiânia, São Luís, Maceió, Teresina, Campo Grande, João Pessoa e Aracaju) e seis do interior (São José dos Campos, Ribeirão Preto, Uberlândia, Sorocaba, Feira de Santana, Joinville).
Entre as cidades com altas taxas de crescimento (8% do total), nenhuma possui mais de 500 mil habitantes. A explicação sobre o crescimento não fica claramente explicitada pelo tamanho do PIB per capita, muito embora os municípios com os melhores indicadores encontrem-se neste estrato. São exemplos notáveis que representam esse grande crescimento populacional: Maricá (RJ); Barcarena (PA); Lauro de Freitas (BA); Rio Verde (GO); Parnamirim (RN); Macaé (RJ); Palmas (TO); Sinop (MT); Boa Vista (RR); Valparaíso de Goiás (GO); Porto Velho (RO), entre outras.



Atividades de fixação de conteúdo

1. Qual o principal motivo ocasionador, dos deslocamentos ou fluxos populacionais?
                                               “03 linhas”

2. Analisando o “mapa de deslocamentos populacionais no Brasil”, assinale ( C ) para as afirmativas corretas ou ( E ) para as erradas:

a (    ) Os fluxos migratórios verificados entre os anos de 1995 a 2009, da região Nordeste em direção à região Sudeste, apresentaram uma diminuição progressiva.

b (   ) O Rio Grande do Norte, foi o estado que mais recebeu  contingentes populacionais entre os anos de 2004 a 2009, em toda a região Nordeste.

c (     ) De 2004 a 2009, o maior déficit migratório do país, foi registrado no estado do Pará.

d(    ) A maior diferença em relação ao  número de imigrantes, verificado no Brasil entre os anos de 2004 a 2009, foi entre os estados do Acre e de Goiás.

e(     ) Das cinco grandes regiões brasileiras do IBGE, o Norte, é a que apresentou a maior quantidade de estados recebedores de população, entre os anos de 2004 a 2009.

3. Responda às seguintes proposições:

a) No Brasil, A partir da década de 1980, assim como em outros países, surgiram novos eixos de deslocamentos envolvendo expressivos contingentes populacionais. Esses deslocamentos, passaram então a ocorrer em direção a cidades de que porte e em que áreas do país?
                        “02 linhas”

b) Explique o que representa o índice IEM e como este índice é obtido.
                                   “05 linhas”

c) Cite cinco cidades brasileiras, com menos de 500.000 habitantes, que possuem em elevadas taxas de crescimento.
                                   “03 linhas”

d) Historicamente, qual a região brasileira (IBGE), que mais acentuadamente, apresentou uma característica de repulsão populacional?
                                   “02 linhas”

e) Qual o nome/apelido dos migrantes nordestinos, que se dirigiram ao DF, na ocasião da construção de Brasília e que, a partir da década de 1970, passaram aí a residir? E  em que áreas específicas do DF, essas pessoas habitaram/habitam? Explique.
                                   “06 linhas”


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