Quarta-feira, 22 de Abril
de 2020
*Marcadores : 7C, 7D,
7E
Geografia – 7º ano/ - 04
Ø
Orientações para aula não presencial – 04
-
1ºPasso: Leia o texto abaixo, com muita
atenção, pois o mesmo, será um dos principais recursos para responder as
atividades.
-2ºPasso:
Procure no texto, palavras que você não sabe o significado, produzindo logo em
seguida, um pequeno dicionário com as mesmas (procure os significados das
palavras no dicionário ou pesquise na internet);
-4ºPasso:
Copie em seu caderno e responda as atividades de fixação de conteúdo.
#Observação: Não é necessário
copiar ou imprimir os textos/imagens!
____________________________________________________________
Fluxos econômicos e populacionais no Brasil
- Uma abordagem cartográfica/estatística -
As
relações socioeconômicas são responsáveis pelas modificações no espaço
geográfico, estruturando determinados lugares de acordo com a atividade
econômica desenvolvida, alterando o meio, produzindo novos ambientes, criando
espaços privilegiados, influenciando os fluxos migratórios, interferindo na
geopolítica mundial, entre outros fatores. Assim, a análise
dos fluxos econômicos e populacionais, tem como objeto de estudo as
transformações espaciais desencadeadas pelas relações econômicas, a localização
e a organização dessas atividades. Outro ponto importante é a análise crítica
dos motivos pelos quais determinada atividade econômica é realizada em um
local, considerando os elementos da região como o clima, relevo,
disponibilidade de recursos naturais, etc. Nesse contexto, temos uma
visão mais detalhada de como isto ocorre, conseguindo identificar então, questões que
abordam a localização industrial, sistemas econômicos, revoluções industriais,
agropecuária, globalização, desigualdades socioeconômicas, fluxos e capitais,
blocos econômicos, divisão do trabalho, entre tantos outros.
Podemos
dizer ainda que, de um modo geral, deslocamentos ou fluxos populacionais,
ocorrem principalmente devido a fatores econômicos, ou seja, pessoas/famílias
que buscam uma melhoria de vida, enxergando em outros lugares que não o seu de
origem, melhores oportunidades de crescimento ou mesmo de sobrevivência,
independente deste objetivo ser ou não, concretizado posteriormente.
Deslocamentos
Populacionais no Brasil e suas consequências socioeconômicas
A partir da década de 1980,
o comportamento da mobilidade espacial da população sofreu
importantes transformações nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. No
Brasil, surgiram novos eixos de deslocamentos envolvendo
expressivos contingentes populacionais, onde se destacam:
1- a inversão nas correntes principais nos estados
de Minas Gerais e Rio de Janeiro,
2- a redução da atratividade migratória exercida
pelo estado de São Paulo,
3- o aumento da retenção de população na região
Nordeste,
4- os novos eixos de deslocamentos populacionais em
direção às cidades médias no interior do país,
5- o aumento da importância dos deslocamentos
pendulares (para trabalhar e/ou estudar),
6- o esgotamento da expansão da fronteira agrícola.
Esses e outros aspectos são
abordados na publicação do IBGE, “Deslocamentos Populacionais no Brasil”,
coletânea de estudos sobre mobilidade populacional que abrange o debate teórico
atual em torno desse tema e faz análise dos movimentos migratórios
inter-regionais e interestaduais no Brasil entre 1995 e 2000 (com
dados do Censo 2000) e nos períodos 1999/2004 e 2004/2009 (a
partir de informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD).
Volume de
migrações entre as regiões reduziu-se na última década
As
edições da PNAD de 2004 e 2009 investigaram onde o pesquisado morava cinco anos
antes da data de referência. Os dados mostram que o volume da migração
inter-regional envolveu 2,8 milhões de pessoas no quinquênio 1999-2004 e 2
milhões de pessoas entre 2004 e 2009. Esse volume envolveu cerca de 3,3 milhões
de pessoas no quinquênio 1995-2000 (dados do Censo Demográfico 2000). As principais correntes migratórias
observadas no passado estão perdendo intensidade e se observa também um
movimento de retorno às regiões de origem.
Constatou-se a perda de capacidade de atração
populacional na região Sudeste, que apresentou saldo negativo de
migrantes tanto em 2004 quanto em 2009. O Nordeste continua perdendo população, porém em uma escala bem menor
que no passado.
O
IEM das Unidades da Federação revelou que metade delas são áreas de
rotatividade migratória, ou seja, têm fluxos de saída e entrada
semelhantes. Mesmo aquelas que no passado eram consideradas áreas
expulsoras ou potencialmente atrativas se tornaram áreas onde as trocas entre
imigrantes e emigrantes foram equilibradas. Em geral, observou-se uma
tendência de diminuição do volume dos fluxos migratórios em todas as Unidades
da Federação.
Os
estados em que a migração de retorno foi mais expressiva em
2009 foram Rio Grande do Sul (23,98%), Paraná (23,44%), Minas Gerais (21,62%),
Sergipe (21,52%), Pernambuco (23,61%), Paraíba (20,95%) e Rio Grande do Norte
(21,14%).
Censo 2010: cidades com menos de 500
mil habitantes são as que mais crescem
Os resultados divulgados
do Censo Demográfico de 2010 apresentam apenas os volumes populacionais
desagregados por município. Com esses dados é possível estabelecer os eixos de
crescimento populacional no país e especular sobre áreas que ganham ou perdem
população, de modo a inferir se houve alteração no comportamento
dos deslocamentos de população na década passada. Verificou-se que as cidades com menos de 500 mil
habitantes são as que mais crescem no país, o que demonstra a influência da
migração, muito embora as grandes cidades continuem concentrando parcela
expressiva da população (aproximadamente 30%). O ritmo de
fragmentação do território foi menos intenso que nas décadas passadas, tendo
sido instalados 58 municípios, contra 501 nos anos 1980 e 1.016 nos anos 1990.
Analisando a evolução do crescimento dos
municípios, é possível verificar que 27% deles,
parcela expressiva desses com até 10 mil habitantes, perdem população e, do
ponto de vista do desenvolvimento, representam espaços estagnados. Entre esses, quase todos tiveram,
no ano de 2008, Produto Interno Bruto (PIB) per capita muito baixo. No estrato
de municípios com decréscimos
populacionais, quatro cidades consideradas de porte médio podem ser
destacadas: Foz de Iguaçu (PR), Ilhéus (BA), Lages (SC) e Uruguaiana (RS).
Com crescimento nulo ou baixo (até
1,5% ao ano) surgem cerca de 46%
dos municípios. Esse desempenho pode ser atribuído aos níveis mais baixos da
fecundidade e à pouca
atratividade populacional exercida por esses espaços, aqui
incluídas 23 cidades consideradas de grande porte. Nesse conjunto, prevalece a
combinação de PIB baixo e áreas muito adensadas. Por exemplo, os núcleos das
nove tradicionais regiões metropolitanas, no período, registraram taxas abaixo
de 1,5% ao ano, sendo que Porto Alegre apresentou
o pior desempenho, com taxa de 0,4%. Rio de Janeiro e São Paulo tiveram
variações próximas a 0,8%.
Na faixa de crescimento entre 1,5%
e 3% ao ano aparece algo próximo a 19% dos
municípios, basicamente de tamanho médio e com PIB um pouco mais elevado,
quando comparado ao estrato anterior. Nesse grupo também se encontram 15
cidades de grande porte, sendo nove capitais (Brasília, Manaus, Goiânia, São
Luís, Maceió, Teresina, Campo Grande, João Pessoa e Aracaju) e seis do interior
(São José dos Campos, Ribeirão Preto, Uberlândia, Sorocaba, Feira de Santana,
Joinville).
Entre as cidades com altas taxas de
crescimento (8% do total), nenhuma possui mais de 500 mil
habitantes. A explicação sobre o crescimento não fica claramente
explicitada pelo tamanho do PIB per capita, muito embora os municípios com os
melhores indicadores encontrem-se neste estrato. São exemplos notáveis que
representam esse grande crescimento populacional: Maricá (RJ); Barcarena (PA);
Lauro de Freitas (BA); Rio Verde (GO); Parnamirim (RN); Macaé (RJ); Palmas
(TO); Sinop (MT); Boa Vista (RR); Valparaíso de Goiás (GO); Porto Velho (RO),
entre outras.
Atividades de fixação de conteúdo
1.
Qual o principal motivo ocasionador, dos deslocamentos ou fluxos populacionais?
“03
linhas”
2.
Analisando o “mapa de deslocamentos
populacionais no Brasil”, assinale (
C ) para as afirmativas corretas
ou ( E ) para as erradas:
a
( ) Os fluxos migratórios verificados
entre os anos de 1995 a 2009, da região Nordeste em direção à região Sudeste,
apresentaram uma diminuição progressiva.
b
( ) O Rio Grande do Norte, foi o estado que mais
recebeu contingentes populacionais entre
os anos de 2004 a 2009, em toda a região Nordeste.
c
( ) De 2004 a 2009, o maior déficit
migratório do país, foi registrado no estado do Pará.
d( ) A
maior diferença em relação ao número de
imigrantes, verificado no Brasil entre os anos de 2004 a 2009, foi entre os
estados do Acre e de Goiás.
e( ) Das cinco grandes regiões brasileiras do
IBGE, o Norte, é a que apresentou a maior quantidade de estados recebedores de
população, entre os anos de 2004 a 2009.
3.
Responda às seguintes proposições:
a)
No Brasil, A
partir da década de 1980, assim como em outros países, surgiram novos eixos de deslocamentos envolvendo
expressivos contingentes populacionais. Esses deslocamentos, passaram então a
ocorrer em direção a cidades de que porte e em que áreas do país?
“02 linhas”
b) Explique o que representa o índice IEM e como
este índice é obtido.
“05
linhas”
c) Cite cinco cidades brasileiras, com menos de
500.000 habitantes, que possuem em elevadas taxas de crescimento.
“03
linhas”
d) Historicamente, qual a região brasileira (IBGE),
que mais acentuadamente, apresentou uma característica de repulsão
populacional?
“02
linhas”
e) Qual o nome/apelido dos migrantes nordestinos,
que se dirigiram ao DF, na ocasião da construção de Brasília e que, a partir da
década de 1970, passaram aí a residir? E
em que áreas específicas do DF, essas pessoas habitaram/habitam?
Explique.
“06
linhas”
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